Blogue da turma B, do quarto ano, da Escola Básica de Santa Luzia, em Guimarães
Sexta-feira, 04 de Novembro de 2011

Este foi o último desafio lançado aos Moranguitos. Imaginar que seriam espantalhos. 

Partiram de uma chuva e organização de ideias e eis alguns dos resultados finais.

 

 
"Se eu fosse um espantalho gostaria de ser um espantalho com uma camisola velha e vermelha, umas calças rotas azuis, dois paus de vassoura, palha para o volume, um chapéu roto e antigo, dois dvd's riscados em cada mão, uma bola amarela para a cabeça e carvão para fazer de olhos, nariz e boca.
Queria que fosse feito por um camponês chamado João, que viveria numa casa branca, com janelas de madeira, porta vermelha e que tivesse também um grande campo, onde eu estaria para assustar os pardais e grandes corvos, tão pretos como o carvão.
O meu dono tinha que ser muito amável, tinha que se preocupar comigo, tinha que me vir ver todos os dias e também me tinha que ajeitar todos os dias, isto claro, se eu ficasse torto por causa do vento da noite.
Por último, gostaria que um dia, com a força do vento, desaparecesse e alguém me encontrasse, porque assim poderia conhecer novos campos, terraços e todo o mundo." Jéssica
" Se eu fosse um espantalho gostaria de ser forte, lindo, de palha, com pintinhas vermelhas, calças azuis, chapéu preto, sapatos verdes e olhos esbugalhados.
Se eu fosse um espantalho gostaria de viver nua horta para, de manhã bem cedo, afastar os corvos pretos de bico laranja, das sementes que iriam mais tarde comer.
Todos os espantalhos têm um dono. O meu dono é o agricultor António.
O agricultor António é um agricultor simpático, é grande, tem muito cabelo, tem olhos azuis e é um pouco tímido.
Se eu fosse um espantalho gostaria de ser o mais assustador do mundo inteiro." Laura
 
"Se eu fosse um espantalho gostaria de viver no campo de um camponês chamado José.
O José fez-me com palha, uma camisa velha, um chapéu muito giro, um cachecol às bolinhas e umas calças rotas. Na cara, pôs-me uns olhos de mau, um nariz franzido e uma boca torta.
Ele colocou-me no meio do campo e pôs alguns cd's nos meus braços.
Não sabia porque é que estava alí, mas quando pousou um pardal na terra eu disse:
- Ei! Sai daí!!! Pára de comer as sementes!!!
O pardal fugiu e partir desse momento percebi que a minha função era espantar pardais.
No dia seguinte, veio o José com uma placa que tinha qualquer coisa escrito.
Perguntava-me o que seria, até que, a certa altura o José disse:
- Esta placa é para ti. Tem escrito o teu novo nome: Palhinhas.
Adorei o meu novo nome.
Naquela noite, ouvi o José a pedir um desejo e esse desejo era: 
- Desejo que o meu espantalho se torne um ser humano.
Ao ouvir isto, comecei a perceber que tinha sentimentos, que tinha coração e, passado um bocado, senti que era humano.
Desci do meu pau e fui para dentro da casa, ter com o meu dono.
Ele ficou tão feliz!!!
A partir daí, o José passou a tratar de mim como se eu fosse seu filho." Beatriz
"Se eu fosse um espantalho teria cabelo de palha brilhante, pés e mãos de madeira escura, camisola com muitos remendos azuis, seria simpático e brincalhão e um pouco amoroso.
Viveria num campo cheio de legumes de todos os tipos e até havia árvores de frutos, todos muito saborosos.
Nessa aldeia as casas eram muito pobres, com telhados de palha e só com uma divisão.
- Querem saber a minha história?
Então é assim.
Um dia, um menino chamado Ângelo e a sua irmã Raquel estavam a ficar sem comida e os seus pais estavam preocupados porque os corvos estavam sempre a debicar no seu campo.
Então, decidiram fazer um espantalho.
A patir do dia em que me criaram, tudo correu bem, mas quando estava mais velho, já não assustava.
Por isso, o Ângelo e a Raquel (que muitas vezes contavam coisas especiais) resolveram mudar-me completamente. Pintaram-me, pregaram-me, cortaram-me e foi assim que tudo se resolveu."- Carolina Guise
  
" Se eu fosse um espantalho seria de palha e linho, teria uma bela camisa verde clara, com uns lindos botões azuis. Seria grande e redondo, teria, por último, um chapéu azul.
A minha dona, Albertina, detestava-me.
Vivia no campo, sítio onde não faltavam pássaros.
Mas, eu tinha um problema.
Era tão bonito que os pássaros adoravam-me, não fugiam de mim.
Os outros espantalhos riam-se de mim, realmente nunca tinha espantado um pássaro que seja. Era um inútil!
Os outros espantalhos recebiam elogios e eu ficava ali calado e quieto a invejá-los.
Um dia, passou um bando de pássaros lindíssimos por mim e um pássaro bebé caiu, mesmo à minha frente.
O coitadinho parecia que estava morto. Mas depressa se levantou e perguntou-me:
- Piu, piu, sabes onde estão os meus pais?
- Não, não sei, mas acho melhor ficares aqui até recuperares!
- Piu, piu, pode ser!
Naquela semana quem ficou cheio de inveja foram os meus colegas.
Uma semana depois, a seguir à recuperação, todos os dias o passarito brincava comigo, trocava-me de roupa, dáva-me uma molhadela e contava imensas anedotas.
Ficámos os melhores amigos do mundo e os outros ali a invejar-me." - Maria Manuel
publicado por Paula às 22:32

muito bem
Marco a 14 de Novembro de 2011 às 21:17



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