Já nos sentimos verdadeiramente Nicolinos.
O ano passado vivemos intensamente a festa dos estudantes e este ano também não poderíamos deixá-la passar em claro.
Por isso, a convite da Câmara e para integrar as comemorações dos 10 anos de Guimarães, Património Mundial, fizemos o nosso pregão, onde não faltou a critica social ao que se passa na escola, no concelho e no país.
Aqui fica para recordar, ou ver e ouvir pela primeira vez.
Agradecemos a todos aqueles que quiseram estar presentes, foi uma forma de dignificar ainda mais as nossas atividades.
Para memória futura, o Pregão de Santa Luzia 2011.
S. Nicolau, nosso patrono
Rogamos a vossa atenção
Queremos fazer alguns pedidos
Para enaltecer a Educação
Este ano somos finalistas
Muito temos de nos esforçar
Estudar é o nosso lema
Para bons resultados alcançar
De melhores condições necessitamos
Na cantina, na biblioteca e no recreio
Queríamos mais espaço, mais atividades e jogos
Mas de pedir, em altura de crise temos receio
Na nossa escola somos felizes
A brincar e a estudar
Aqui aprendemos valorosas lições
Que na memória eternamente iremos guardar.
Nuno Crato no comando
Promete simplificar a vida dos professores
As notas geraram conflitos
Ouvem-se boatos pelos corredores
Em todos os setores houve cortes
Na Educação doeu a valer
Suplicamos a todos os governantes
Que com dignidade nos deixem aprender.
Mas que grande ladroagem que vai cá por Guimarães
Os assaltos aumentaram, já não temos segurança
As fábricas a falir, o desemprego a subir
A crise afeta todos, perdemos a esperança
Crescem os suicídios, julgam-se as pessoas perdidas
Não há nada que as anime, ou que lhes dê alento
Nem mesmo o seu Vitória lhes traz alegrias
Com este cenário, é tudo um tormento
Temos cá outros “papões” que usam fato e gravata
São grandes figurões da capital da cultura
Têm ordenados de milhares e ganham pelas reuniões
Como é isso possível, nesta difícil altura
Afinal a crise não é bem para todos
Uns de barrigas cheias outros que não têm nada
Mas que raio de justiça é que existe nesta terra
Temos que copiar os de Fafe e resolver tudo à porrada?
As obras do Toural, já parecem S. Torcato
Nunca mais têm um fim e reina a confusão
Trabalhadores são mais que muitos
Mas, uns trabalham, outros não
A fonte desapareceu, bancos e jardins também
A planta do centro histórico está agora em seu lugar
Mas para a perceber só se andarmos de avião
Vamos por os visitantes a andar com a cabeça no ar?
Na terra de Portugal
à beira-mar plantada,
muita coisa corre mal,
está toda a gente preocupada!
Aproxima-se o Natal
E nem uma prenda comprada!
É o resultado final
de uma economia Troikada.
Os ministros governaram,
E tomaram uma decisão,
os subsídios nos tiraram
quase nos deixam sem pão!
Com impostos e cortes presentearam
a comunidade sem educação,
Assim vai a vida dos que contribuíram
Para este país em manifestação.
A todos vós que sois desta bela cidade,
deixai as tristezas para trás,
não importa a idade,
não recordeis coisas más!
Pegai nas caixas e bombos então,
Rufai, rufai agora sem parar,
alegrai-vos neste dia de pregão,
para mais tarde recordar!