A obra que estamos a trabalhar no Plano Nacional de Leitura é "Rato do Campo e Rato da Cidade", de Alice Vieira.
Hoje, estivemos a transformar este texto narrativo num texto poético.
Começámos por fazer um esquema que facilitou a nossa tarefa. Depois deitámos mãos à obra e a poesia ficou assim:
"Ao pé duma seara verde
Dentro do seu buraquinho
Vivia o Rato do Campo
Que nunca estava sozinho
Mesmo ao lado do fogão
Dentro do seu buraquinho
Vivia o Rato da Cidade
Comia queijo e fugia do gatinho
Rato do Campo suspirava
Com a vida do primo sonhava
Comida e aconchego certos
Disso é que ele gostava
Rato da Cidade suspirava
Com a vida do primo sonhava
Liberdade e ar puro
Disso é que ele gostava
Tanto suspiraram que se ouviram
A troca então decidiram
Rato do Campo para a cidade foi
Rato da Cidade no campo o viram
Rato do Campo assustou-se
Com os bigodes do gato
Meteu-se no seu buraco
Sem comidinha no prato
Rato da Cidade ia morrendo à fome
Não sabia procurar comida
Ali não havia queijo
E era difícil a vida
Magros e com saudades
Os dois ratos suspiraram
Tanto que se ouviram
E de vida então trocaram
Logo que chegou a casa
Rato do Campo foi comer
Aqueles grãozinhos de trigo
Souberam-lhe a valer!
Logo que chegou a casa
Rato da Cidade foi comer
O queijo era saboroso
E até o gato gostou de ver
Voltaram a suspirar
Agora de alegria
Que bom era viajar
Mas em casa a vida sorria
Os Ratos desta história
Deixam-nos uma lição
Nunca devemos pensar
Que o dos outros é que é bom!